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Sprzężenie zwrotne
Przekaż informację zwrotnąRestaurante e esplanada com um espaço agradável, com sabores intemporais que nos fazem sentir em casa.
Mesmo no centro de Matosinhos, esta esplanada oferece um bom atendimento que se junta à oferta de acepipes na compra de uma cerveja. Sítio agradável para se estar, resguardada do vento e da chuva e ao mesmo tempo consegue ter sol até este se pôr. Por isso mesmo torna-se num bom local de convívio para amigos estarem na cavaqueira a beber uma cerveja, ver o futebol ou simplesmente relaxar após uma jornada de trabalho. Embora não tenha provado as refeições, o aspecto dos pratos confeccionados e a escolha dos vinhos fazem que haja vontade de lá voltar para uma refeição tranquila. A voltar!
Mesmo em frente à Unidade Local de Saúde de Matosinhos (antigo hospital), está esta pequena casa, em tempos conhecida por Café Atlântico, propriedade da D.ª Laura e do Sr. Carlos. Hoje, passados 30 anos, o Sr. Carlos e a D.ª Laura continuam por lá, ela na cozinha a preparar a comida como sempre o fez, com o carinho das mães que preparam um almoço de domingo para os filhos, e ele ao balcão, a guarnecer o almoço com o resto prometido na ementa: a sopa, a bebida, o café e sobremesa (se não optar pela sopa, ou vice-versa). A diferença do Café Atlântico para o estabelecimento que agora lá está é o Carlos, ou Cané para os amigos, o mais velho dos três filhos, um miúdo de Matosinhos, um miúdo com 39 anos que fez de tudo na vida até chegar aqui, com a visão e espirito necessários para transformar um velho café de diárias num espaço atual e moderno, sem renegar a experiencia e o saber dos seus pais, a alma da casa. A Esplanada Fragateiro tem lá os velhos clientes, fieis, aqueles que mantiveram a casa aberta por 30 anos, e agora os novos, gente nova e menos nova atraída pela simpatia, amizade e atenção que o Cané lhes dedica e dedica a cada detalhe.A comida. Vamos à comida, porque o resto está dito. A cataplana de marisco foi o prato escolhido. "«A melhor», como orgulhosamente nos é apresentada num flyer/ementa, cheia de bom gosto, que o Cané todos os dias redesenha em função do prato do dia. Avisou que a dose era individual. Tudo bem. Veio numa daquelas panelas em cobre, próprias para a dita cuja (cataplana). Preparada na hora, quentinha, a escaldar aliás. Feita com camarão, ameijoas e mexilhão, um molho de azeite, alho, vinho, cebola e pimentos, ligeiramente picante e a saber a mar. No fim, molhar ali o pão foi ter a sensação de estar a cometer o pecado da gula, literalmente. Uma delicia! Para o outro lado da mesa foi uma alheira à Fragateiro - esfiada, com batata frita e ovo a unir, uma versão do bacalhau à brás, mas com aquele enchido. Delicioso, disse-me a J.. Mas volto à cataplana. Imagino-a a ser partilhada por amigos, numa tarde de verão, na esplanada, acompanhada de uns finos geladinhos ou de um maduro branco, seleção do dia, criteriosa como parece ser. Aliás, todos os dias, parece haver vinhos novos, bem escolhidos, com preço especial.Trinta anos depois e reinventada, a Esplanada Fragateiro parece estar para ficar. O nome vai buscá-lo ao apelido dos donos, mas logo me remete (não sei porquê) para as velhas marisqueiras 500 metros abaixo, onde se serve o melhor marisco do mundo. Talvez seja o cheiro a mar que ali ainda se sente, não sei. A Esplanada Fragateiro não tem o melhor marisco do mundo, mas tem «a melhor cataplana de marisco» do mundo, daquelas que são feitas com todo o carinho e cuidado, sem pretensiosismos, e que servimos com orgulho aos amigos que vão lá a casa.